
Era uma tarde de Maio, em que o Sol tímido espreitava entre as nuvens... As nossas mãos tocavam-se... quase tão timidamente como os raios desse Sol...
E corríamos! Lembras-te? A areia ainda fria moldava os nossos pés que corriam sem destino...
Estava tanto frio... Mas só hoje o sinto... Ia jurar que naquele dia estavam 30ºC sem ninguém notar...
E a música que ouvimos? Lembras-te? A melodia ainda hoje teima em aparecer em dias como este... Dias em que o fim se abate como uma rocha gigantesca sobre a realidade monótona...
Não, não lamentemos o passado! Olhemos antes o futuro!
Sim, sei que as nossas mãos não se voltarão a tocar... A música não mais vai ser a mesma... E o Sol, esse Sol que nos aqueceu um dia, já se pôs.
Palavras, palavras... Palavras... O que são afinal estas palavras?
Ecos de uma realidade perdida?
Memórias de uma história longínqua?
Seria real? Seríamos nós reais?
Eu e tu... Sabemos sempre...
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