Cristal

A felicidade é frágil...

Saturday, November 21, 2009

Inevitavelmente primitivos

Por mais anos que viva, chegarei sempre à mesma conclusão:

OS HOMENS SÃO PRIMITIVOS!

Não importa os milhares de anos que passaram desde o Homem de Neanderthal! Não importa o facto de estarmos no século XXI! Porque na essência, o homem é igual desde sempre... E não vejo perspectivas de mudança...

Não falo do Homem no sentido de Humanidade, porque isso daria outra conversa, mas do simples homem, o ser humano do sexo masculino. Sim, e isto porquê? Porque em todas as conversas em que me vejo rodeada de mais do que dois homens e, sendo eu a única mulher, sou obrigada a ouvir os seus comentários masculinos acerca dos espécimes do sexo oposto! Enfim... até posso achar piada, mas é inacreditável como nesses momentos se esquecem da minha presença e falam da maneira mais surreal possível! Mentira, mais surrial não! Mais animal! Sim, porque nesse momento é o seu instinto animal que fala mais alto... E tudo anda à volta do mesmo: sexo! Bem sei que todos os animais têm um propósito natural que é procriar... Mas os homens podiam sofisticar as suas técnicas de atrair as mulheres... Definitivamente, progresso e evolução são palavras que não caracterizam esse processo... Nesse aspecto, as mulheres são muito mais discretas, muito mais eficazes e, por isso, conseguem muito mais vezes o que querem do que eles!!!

Resposta? Hmm... Parece que não...

Tarde fria

É Novembro. Fim de tarde.
Corre um vento frio,
As folhas já sem vida caem das árvores e deixam-se voar pela avenida.
Ela vai a descer a rua.
Olhar vago, como de costume...
Enroscada no seu casaco preto, como se de um casulo se tratasse...

O seu interior vagueia pelos locais do costume:
Pensamentos inquietantes,
Através dos quais tenta encontrar respostas a perguntas que desde muito cedo a inquietam!
Donde vem?
Para onde vai?
Quem é?
Os porquês da sua vida que nunca encontra...
Mas continua em busca de respostas...
Mesmo que o esforço seja infrutífero...

Caminha sozinha.

Vê-la assim discreta e aparentemente calma,
Não deixa adivinhar o turbilhão de pensamentos que se atropelam no seu interior...

Caminha serena e inquieta.

Imagino-a daqui a vinte anos:
O mesmo olhar vago,
O mesmo casulo quente e protector,
A mesma inquietação interior.

Caminhará sozinha?

Caminhará sozinha...